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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

MÃE DESCOBRE QUE FILHO FOI ESTUPRADO APÓS DENTISTA ACHAR DOENÇA NA BOCA

GAROTO PEGOU HPV DEPOIS DE TER SIDO ABUSADO SEXUALMENTE, AFIRMA POLÍCIA. SUSPEITO DO CRIME, VIZINHO DE 21 ANOS, FOI PRESO TEMPORARIAMENTE EM AVARÉ.
Uma mãe descobriu que o filho de 6 anos foi estuprado depois que o levou a uma dentista no posto de saúde em Avaré (SP). O garoto tinha uma ferida na boca e a profissional suspeitou que ele tivesse HPV, uma doença sexualmente transmissível. Após três consultas com a equipe médica do local, foi confirmada a suspeita devido ao formato e coloração. Pressionado pela mãe, ele contou que foi abusado pelo vizinho, de 21 anos. De acordo com informações da Polícia Militar, o suspeito foi preso
nesta terça-feira, 25, e nega as acusações.
“Depois que a criança contou com riquezas de detalhes sobre local, horário e até mesmo sobre as tatuagens do suspeito, a mãe reconheceu o vizinho e o prendemos preventivamente por 30 dias”, explica o delegado de Avaré, João Luiz de Almeida. O menino fez ainda um exame, que deve confirmar a doença nos próximos dias.
Ainda de acordo com Almeida, o abuso sexual aconteceu em maio quando o menino brincava na rua de casa, na Vila Esperança. “A criança contou que foi levada à força ao quintal de uma residência vizinha e que fica desocupada durante o dia e foi obrigada a fazer sexo oral. A data também coincide com o tempo em que o homem estava livre da prisão na casa onde mora – ele tem passagens por tráfico de drogas”, diz.
A dentista que fez o atendimento à vítima, e que não quer se identificar, conta que a mãe achava que as feridas eram resultado de mordidas. Mas o HPV é característico por ter “verrugas” com manchas brancas, diz ela. “Retiramos a ‘verruga’ e entregamos para autópsia que deverá  confirmar o HPV. Agora é torcer para que a lesão não volte, senão será preciso medicar”.
O suspeito de ter abusado da criança não tem sintomas da doença no órgão genital, diz a polícia. Mas a dentista explica que o HPV pode não se manifestar no corpo. “Depende do organismo, do sistema imunológico”, explica. Por isso, o suspeito também fez exames no Instituto Médico Legal (IML) para comprovar a doença.
A polícia aguarda pelos exames que provariam o HPV na vítima e no suspeito. Os resultados devem chegar até a segunda semana de setembro, diz o IML. “O instituto não consegue provar que houve abuso por ter sido na boca, mas se ambos tiverem a mesma doença é outro forte indício da autoria do crime, já que a versão da criança é verossímil”, conta o delegado Almeida.
Policia Civil prendeu principal suspeito do abuso por 30 dias.
Fonte: G1

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